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Informações

O QUE É A DOENÇA RENAL CRÔNICA?
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O QUE É O RIM E O QUE ELE FAZ NO ORGANISMO?

O corpo humano tem dois rins e ambos têm a forma de “um feijão”. Eles estão localizados na altura da última costela - um em cada lado da coluna vertebral.  O tamanho aproximado do órgão é o do seu punho fechado.

Seus rins realizam trabalhos vitais:

o   Filtrar o sangue, deixando alguns elementos e jogando fora outros pela urina;

o   Estimular a produção de glóbulos vermelhos, evitando assim a anemia;

o   Regular a pressão arterial;

o   Formar os ossos durante o crescimento e cuidar para que continuem saudáveis.


QUAL A QUANTIDADE DE ÁGUA QUE DEVO TOMAR DIARIAMENTE?

O volume de água que deve ser ingerido todos os dias varia de pessoa para pessoa.
A melhor “medida” é dada pelo seu corpo. Tome água quando tiver sede, e observe a urina. Se a coloração for amarelo forte, você precisa de mais água durante o dia.O ideal é que a cor esteja quase transparente.

Se mesmo tomando bastante água você urina pouco, agende uma  consulta com um nefrologista.

O QUE É DOENÇA RENAL CRÔNICA?

Doença Renal Crônica (DRC) é a incapacidade de os dois rins realizarem seu trabalho. Quando ela acontece, os rins funcionam pouco, muito pouco ou quase nada. Depende da fase da DRC.

As fases da doença vão de 1 (menos grave)  a 5 (mais grave).




QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DOENÇA RENAL FASE 4 E 5?

Quando os rins funcionam pouco ou quase nada, muitas substâncias, como a água, a ureia, o potássio e o sódio, vão se acumulando no sangue. A maior quantidade dessas substâncias causa problemas no corpo cujos sintomas incluem fraqueza nas pernas, diminuição do crescimento, palidez da pele, emagrecimento, vômitos, perda de apetite, cansaço intenso, inchaço e diminuição da urina.

Quando as mudanças da dieta e os remédios não são mais suficientes para melhorar o trabalho dos rins, é preciso começar o tratamento de diálise ou fazer um transplante renal.
QUAIS SÃO OS TRATAMENTOS DA DOENÇA RENAL?
O QUE É DIÁLISE?
A Diálise substitui o trabalho dos rins quando eles não funcionam mais. Ela filtra o sangue, elimina as substâncias tóxicas que os rins não conseguem excretar e retira o excesso de água do organismo.
A diálise pode ser de dois tipos: Diálise Peritoneal e Hemodiálise.

QUAL É O MELHOR TIPO DE DIÁLISE: A HEMODIÁLISE OU A DIÁLISE PERITONEAL?
Essa não é uma pergunta simples, mas a maioria dos estudos mostra que a qualidade de vida e o tempo de vida em tratamento são quase os mesmos em ambos os tipos de diálise. Portanto, os dois métodos são bons.

COMO POSSO ESCOLHER?
Você vai receber explicações do seu médico e dos enfermeiros sobre os dois tipos de tratamento. Muitas vezes, com a permissão de outro paciente, é possível assistir às duas modalidades de diálise em ação. É muito importante entender cada passo de ambos os procedimentos.

A Diálise Peritoneal exige um pouco mais do paciente ou de sua família, mas pode garantir maior liberdade no dia a dia. Neste caso, algumas perguntas devem ser respondidas: suas mãos são capazes de abrir e fechar frascos? Seus olhos são bons o suficiente para ler o que está escrito nos sacos das várias soluções que você pode usar? Consegue registrar com fidelidade o seu peso, o número de trocas de fluidos e a sua temperatura?
Se feita corretamente, a Diálise Peritoneal pode ser um tratamento muito conveniente.

A Hemodiálise, por sua vez, é realizada na clínica ou hospital e o atendimento é prestado pelos profissionais de saúde. Exige-se menos da família ou do paciente. Em contrapartida, ele tem menos controle sobre seus horários de tratamento, estabelecidos pela clínica.
Percebe, então, que não há um tratamento melhor do que o outro? Depende muito da melhor adaptação do paciente a um ou outro.

A DIÁLISE DÓI?
O tratamento de hemodiálise não é doloroso e normalmente é bem tranquilo. Os pacientes podem passar o tempo vendo televisão ou DVD, lendo, escrevendo, dormindo, utilizando computador, smartphone, ouvindo rádio e música, conversando com os pacientes ao lado ou com a equipe de saúde.

No começo do tratamento, as duas agulhas colocadas no seu braço impressionam um pouco. Cada uma delas é ligada a uma tubulação. O sangue sai pela primeira, passa pelo filtro na máquina e volta para o paciente pela outra.
A punção dói um pouco. Por isso, recomendamos o uso de cremes anestésicos trinta minutos antes da sessão para diminuir a sensibilidade da pele [veja a seção de medicamentos abaixo]. Com o tempo, os locais da punção ficam menos sensíveis e a dor diminui bastante.

De vez em quando, você pode ter câimbras musculares, geralmente quando são removidas grandes quantidades de líquidos durante a sessão. As câimbras podem ser desconfortáveis, mas felizmente, são logo resolvidas. Bastam ajustes no tratamento de diálise. Na maioria das vezes, as câimbras podem ser evitadas quando se ganha menos peso entre as sessões.

Às vezes, ficar algumas horas nas poltronas provoca desconforto, inquietação ou tédio. É importante que essas sensações não sejam confundidas com dor. Além disso, é preciso que você tenha em mente que alguns desconfortos não têm a ver com a diálise.


O QUE É PESO SECO?

O peso seco é o peso ideal, que deve ser atingido no fim de cada sessão de hemodiálise.
Com o peso seco, a pressão arterial fica normal e você se sente bem e sem inchaços.
Entre as sessões de diálise, quando o paciente ingere muita água ou outros líquidos, o peso dele pode ficar muito acima do peso seco. Nessas horas, além do inchaço, vem também uma intensa falta de ar.

Quando perde esse excesso de peso durante a próxima sessão, o paciente sofre cãibras, queda de pressão arterial, enjôos, vômitos e mal-estar.
Pergunte ao seu médico qual é o peso ideal para você e quantos quilos é permitido ganhar entre cada sessão de hemodiálise.


O QUE TEM A VER O GANHO EXCESSIVO DE PESO COM A HIPOTENSÃO ARTERIAL (PRESSÃO BAIXA) ENTRE AS SESSÕES DE DIÁLISE?

A causa comum de náuseas, tonturas e sensação de cansaço é o ganho excessivo de peso entre as sessões de diálise.
De uma sessão para outra, fluidos se acumulam no corpo por causa da alimentação e do consumo de líquidos. Esse acúmulo acontece nos dois ou três dias em que não há tratamento.

A hemodiálise tem que retirar todo esse líquido acumulado em cerca de quatro horas na hemodiálise convencional, ou cerca de duas horas nas sessões curtas e diárias. É uma situação com a qual o corpo não está acostumado. Quanto mais líquido tiver que ser removido neste curto espaço de tempo, maiores são os riscos de queda da pressão arterial.

A diminuição brusca da pressão pode causar enjôos e tontura durante o tratamento de diálise ou mesmo depois dele. As máquinas mais recentes têm pequenos computadores que ajudam a remover o líquido de forma mais lenta e contínua durante todo o tratamento. Isso ajuda a minimizar o incômodo.
Alerta: preste atenção no seu corpo, pois assim você será capaz de dizer o que ele pode tolerar sem comprometer o seu bem-estar. Encontre o seu limite (peso seco)!


EU SINTO FREQUENTEMENTE ENJÔO E TONTURA DEPOIS DA DIÁLISE. COMO POSSO REDUZIR ESSES SINTOMAS?

Existem muitos motivos para você sentir náuseas e tonturas depois de uma sessão de hemodiálise. Alguns pacientes raramente ou nunca mencionam essas queixas. Outros, porém, reclamam desses sintomas com maior frequência. Quando isso acontece, certas pessoas nem querem se submeter a novas sessões. Mas faltar às diálises é perigoso. A condição clínica piora muito e o paciente se sente ainda mais doente.

Esses desconfortos costumam melhorar em algumas horas. Em certos casos, só no dia seguinte o paciente se sente completamente bem. Se depois desse período, você ainda não tiver melhorado, então, isso pode ser sinal de outro problema. De qualquer maneira, é importante informar o enfermeiro e o médico sobre seus sintomas.

Alguns pacientes acreditam que não devem se queixar. Pensam, muitas vezes, que se sentir mal depois da diálise é normal. De forma alguma! O mais importante é descobrir a causa e corrigir o problema. Cuide para que a equipe de diálise saiba o que você está sentindo. Na maioria dos casos, podem ser realizados ajustes que melhoram enormemente a sua qualidade de vida. Há também medicamentos que podem ajudar!


QUAIS SÃO AS CAUSAS DE ENJÔO E TONTURA DEPOIS DA DIÁLISE?

Uma das causas mais comuns de náuseas e tonturas são os ajustes da pressão arterial. Muitos pacientes em diálise têm pressão arterial elevada. Normalmente a pressão arterial cai durante a sessão de hemodiálise. Por essa razão, antes das sessões, a maioria dos pacientes não deve tomar seus medicamentos de pressão. É que, se o medicamento começar a funcionar junto com a retirada de líquidos, a pressão arterial pode cair muito. Aí, você começa a sentir náuseas e tonturas.

Por outro lado, certas pessoas têm pressão arterial alta demais. Elas não podem ficar sem o remédio antes da sessão. O médico deve, então, decidir qual a melhor alternativa.
Outras causas menos frequentes de náuseas e tonturas são reações alérgicas ao dialisador (solução de diálise) ou infecções. Fique atento!
O QUE SÃO ACESSOS VASCULARES?
O QUE É A FÍSTULA ARTÉRIO-VENOSA?

A fístula é um método que os médicos criaram para atingir a corrente sanguínea do paciente.  É por ela que o sangue sai, vai até o dialisador (solução de diálise) e depois volta para o corpo.



A fístula é composta pela ligação entre uma artéria e uma veia, feita através de uma pequena cirurgia. Geralmente fica no braço, mas, quando este local não pode ser usado, são escolhidas as veias da virilha ou da perna.

Com o fluxo de sangue mais forte que vem da artéria, a veia fica mais larga e com as paredes mais grossas. Isso faz com que o sangue circule mais rápido e também permite que sejam feitas muitas punções, sem danificar a veia.

Depois da cirurgia, leva algumas semanas até que a fístula esteja em condições de ser usada nas hemodiálises ou, como dizemos, para que amadureça. Por isso, é bom que esta pequena cirurgia seja feita alguns meses antes do começo da hemodiálise. Desse jeito, quando for necessário, a fístula vai estar pronta para ser puncionada.


QUE MEDIDAS DEVO TOMAR PARA MANTER A FÍSTULA EM BOAS CONDIÇÕES?

O paciente é um dos principais responsáveis pelo bom desempenho de sua fístula. A seguir, algumas dicas do que fazer:

o   O braço onde foi feita a fístula precisa estar sempre limpo. Deve ser lavado com água e sabão. Uma boa limpeza evita infecções que podem danificar a fístula.

o   Sempre que chegar à unidade de diálise, antes da punção, lave o braço da fístula com água e sabão, secando em seguida com papel-toalha.

o   Evite apertar o braço da fístula:

o   Não permita que seja medida a pressão arterial no braço da fístula.

o   Não permita curativo que envolva a circunferência do braço.

o   Evite dormir em cima do braço da fístula.

o   Não carregue peso sobre o braço da fístula.

o   Não mexa na crosta formada no local da punção.

o   Não use pomadas e cremes no local da fístula sem orientação médica.

o   Não remova pelos próximos à fístula (se necessário, será isso feito pela enfermagem).

o   Faça exercícios diários para ajudar a desenvolver a fístula. Abra e feche a mão, comprimindo uma bola de borracha.

o   Verifique diariamente o funcionamento da fístula pela presença de frêmito (tremor); se você notar a ausência de frêmito, procure imediatamente o centro de diálise ou a emergência 24h.

o   Retire o curativo somente na manhã seguinte à diálise para prevenir complicações (sangramento).

o   Em caso de sangramento, comprima o local usando um pano limpo e ponha para cima o braço da fístula. Se o sangramento for intenso, vá ao hospital.

o   Use compressa de gelo quando houver extravasamento de sangue debaixo da pele (hematoma) no dia da diálise.

o   Use compressas de água morna um dia depois da diálise para que o organismo absorva o extravasamento sanguíneo (inchaço e hematoma roxo) do braço. Isso alivia a dor e facilita a próxima punção.

o   Não deixe que colham amostras de sangue para exames, bem como apliquem remédios pela fístula, fora da unidade de diálise e sem ordem médica.

o   Qualquer novidade no local da fístula, como calor, vermelhidão, inchaço ou ausência de frêmito, deve ser comunicada à equipe médica  e de enfermagem.

o   A fístula artério-venosa deverá ser manuseada apenas por profissionais habilitados.


Em caso de dúvida, peça orientações à enfermagem.



E QUANDO A FÍSTULA NÃO É POSSÍVEL?

O Cateter de Duplo Lúmen é utilizado quando é preciso começar o tratamento de hemodiálise, mas não se pode usar a fístula. Isso acontece quando ela ainda não foi feita, não está pronta para ser usada ou está com problemas.



O Cateter de Duplo Lúmen é um acesso temporário e bastante seguro. Mais de três milhões de cateters de acesso venoso central são instalados por ano nos Estados Unidos, e os médicos cada vez mais recomendam seu uso para infusão de medicamentos.

Esse cateter é composto por um tubo plástico (poliuretano), com duas pontas de cores diferentes, para ser colocado, de preferência, na veia jugular interna direita. Essa veia fica no pescoço. Parte do tubo fica dentro da veia e parte, fora da pele. Às vezes, é necessário colocar o cateter em outras veias. Outras opções incluem a veia jugular externa direita, as veias jugulares externa e interna esquerdas (veias localizadas no pescoço), as veias subclávias (localizadas próximas ao peito) e as veias femorais (localizadas na região da raiz da perna ou inguinal).

Para não sair do lugar, o cateter é preso por pontos e um curativo. O curativo só deve ser trocado no centro de diálise a cada sessão.
Quando não é possível fazer uma fístula artério-venosa ou um enxerto vascular, precisamos instalar um cateter para uso permanente ou de longo prazo (permcath ou splitcath). Este cateter é mais longo, feito de material mole, de silicone, com duas pontas coloridas e deve ser instalado de preferência do lado esquerdo.

As complicações mais comuns são a infecção e a obstrução do cateter. Por isso, os cuidados de higiene são fundamentais.


QUE CUIDADOS DEVO TOMAR COM O CATETER DE DUPLO LÚMEN?

Com o Cateter de Duplo Lúmen, os cuidados são ainda maiores do que os exigidos pela fístula. O curativo não deve ser molhado. No banho, ele deve ser coberto com plástico e preso com fitas. Os banhos de mar e de piscina são proibidos, por causa do risco de infecção.


POR QUE É PREFERÍVEL A FÍSTULA AO CATETER DE DUPLO LÚMEN?

Se um paciente tem um cateter, em vez de uma fístula, a conexão com a máquina é feita por meio desse cateter. Neste caso, agulhas e a fístula não são necessárias. Pode parecer uma maneira excelente de evitar as agulhas, mas cateteres de diálise costumam apresentar infecções e podem acarretar uma diálise menos eficaz. Eles costumam obstruir e danificar os vasos sanguíneos.

Além disso, os cateteres não duram tanto quanto uma fístula ou um enxerto. Por esses motivos, os médicos sempre preferem a fístula artério-venosa.
 
QUAIS MEDICAMENTOS AJUDAM NO TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL?


(NUNCA TOME MEDICAÇÃO SEM PRESCRIÇÃO DO SEU MÉDICO NEFROLOGISTA)

Os medicamentos são ferramentas importantíssimas para ajudar no tratamento da Doença Renal Crônica (DRC). No entanto, precisam ser controlados pelo médico nefrologista, para não atrapalharem o tratamento.
É importante levar para a consulta com o médico todos os medicamentos (ou as receitas/embalagens) que você toma ou que lhe foram receitados. O especialista verá quais podem ser mantidos, quais serão suspensos e quais serão adicionados ao seu tratamento.

Traga as medicações prescritas pelo médico nos dias de tratamento de hemodiálise. E tome as medicações em casa conforme a receita. Em caso de dúvida, converse com o médico. Todo remédio deve ser autorizado por ele.
Quem tem Doença Renal Crônica, muitas vezes, possui outras doenças associadas, que precisam ser observadas quando se inicia o tratamento renal.
 

ENTRE AS DOENÇAS E MEDICAMENTOS MAIS COMUNS DESTACAM-SE:


PRESSÃO ALTA

Existem vários tipos de medicamentos para controlar a pressão alta, já que os rins não conseguem mais ajudar o corpo. A dosagem e o tipo devem ser ajustados pelo médico periodicamente, de acordo com o tratamento da DRC e variam bastante conforme a necessidade do paciente.


DIABETES MELLITUS

Muitos pacientes começam a Terapia Renal com ou por causa do Diabetes e precisam manter o tratamento. Mas o tipo de medicação e a dose precisam ser analisados e adequados pelo médico, para que o remédio seja eficiente junto ao tratamento da doença renal.
A dieta é também essencial para que o tratamento seja mais eficaz.


ANEMIA

Quando os rins não funcionam direito, o corpo diminui a renovação do sangue, e isso causa anemia.
A deficiência de ferro é corrigida durante as sessões de hemodiálise, além da reposição de hormônios que atuam na renovação do sangue. Os tipos e doses de medicações são determinados pelo médico e variam bastante de paciente para paciente, inclusive ao longo do tratamento.


FÓSFORO

A DRC impede que os rins eliminem o excesso de fósforo do organismo. Esse acúmulo pode causar doenças no coração e alterações nos ossos.

As máquinas de hemodiálise não conseguem tirar todo o fósforo que fica no corpo, então é necessário tomar uma medicação do tipo QUELANTE DE FÓSFORO, que impede que o fósforo que é ingerido com a comida seja absorvido. Os mais conhecidos são o Sevelamer e o Cálcio. O tipo e a dose dependem da necessidade da pessoa e a prescrição é feita pelo médico com base nos resultados dos exames.


OSSOS

Junto com a Vitamina D, outro hormônio chamado PTH ajuda a controlar a saúde dos ossos. A falta dele é comum em quem tem Doença Renal Crônica (DRC). E alguns medicamentos são necessários para corrigir isso, tais como Calcitriol, Paracalcitriol e Cinacalcete, que são os mais comuns.
As doses e o tipo dependem do tratamento necessário para cada paciente e o médico vai analisar toda a situação para definir qual o melhor em cada caso.


INCHAÇO

Muitos pacientes com doença renal precisam controlar o inchaço, para isso, os médicos utilizam medicamentos DIURÉTICOS, como a furosemida e a hidroclorotiazida. As doses e o tipo dependem do tratamento indicado para cada pessoa.

O tratamento da DRC é muito complexo, o médico precisa levar em consideração todos os fatores e doenças que cada paciente tem para definir qual o melhor procedimento.
Desse modo, não tome nenhum medicamento sem autorização médica.


 
FARMÁCIA DE ALTO CUSTO – SUS

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente alguns medicamentos, mediante prescrição (receita) do médico.
O paciente deve levar a receita à Farmácia de Alto Custo em que estiver cadastrado para receber a medicação. Converse com o Assistente Social da clínica para auxílio, orientações e mais informações.

 
O QUE DEVO SABER SOBRE O TRANSPLANTE RENAL?
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QUE MEDIDAS SÃO IMPORTANTES PARA REALIZAÇÃO DE UM TRANSPLANTE RENAL?
O transplante renal é outro tratamento de substituição dos rins. Antes de realizar o transplante renal, são necessários muitos controles clínicos e exames de compatibilidade entre o doador e receptor.
Os pacientes que iniciam tratamento de Hemodiálise ou Diálise Peritoneal devem ser inscritos na lista de espera do transplante e ter seu sangue enviado para os laboratórios responsáveis pelo controle de compatibilidade entre doador e receptor de rim.

COMO É O TRANSPLANTE RENAL?
Durante a cirurgia, o novo rim é colocado no abdômen sem que se tenha de retirar os rins doentes. Apesar de todos os pacientes serem candidatos ao transplante, algumas restrições clínicas podem limitar a indicação.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE DOADORES EXISTENTES?
O rim a ser transplantado pode ser das seguintes origens:

Doador vivo – rim proveniente, preferencialmente, de membros da família ou não;
Doador falecido – rim proveniente de alguém com morte cerebral, que, submetido a exames, é compatível e adequado.

Para mais informações sobre este tratamento, agende sua consulta com um nefrologista.
PESSOAS COM DOENÇA RENAL PRECISAM DE UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA?
A alimentação é o processo pelo qual nosso organismo recebe os nutrientes necessários para se manter vivo. Encontrados nos alimentos, os nutrientes exercem funções importantes no nosso dia a dia.

Uma alimentação equilibrada fornece todos os nutrientes necessários na quantidade, qualidade e proporção adequadas ao organismo. No entanto, nenhum alimento é completo, ou seja, nenhum deles tem todos os nutrientes em quantidades suficientes. Por isso, para possuir uma dieta equilibrada, nossa alimentação tem que ser variada.

E a desnutrição e a obesidade podem estar presentes em pacientes com Doença Renal Crônica. Nenhuma das condições é saudável e por esta razão é muito importante seguir as recomendações do seu médico e do nutricionista.


AFINAL, O QUE SÃO OS ALIMENTOS?


Os alimentos são substâncias que promovem o crescimento do corpo e a produção de energia para diversas atividades do organismo. Eles podem ser divididos em três grupos: Energéticos, Construtores e Reguladores. 




QUAIS SÃO OS ALIMENTOS ENERGÉTICOS?


Alimentos energéticos são aqueles que fornecem energia para as atividades do dia a dia. Entre eles, podemos citar o arroz, o macarrão, a batata, o milho verde, a mandioca, as farinhas, os pães e os biscoitos.
Certos alimentos – como óleos, gorduras, açúcares e doces – também são fonte de energia, mas devem ser consumidos com moderação e sem exageros.


O QUE SÃO ALIMENTOS CONSTRUTORES?


São alimentos que contêm as proteínas. Elas são muito importantes para a formação e o crescimento do corpo e participam da fabricação das células de defesa. Por isso, ajudam na cicatrização.
Exemplos de alimentos construtores são a carne bovina, o frango, o peixe, o ovo, o leite e seus substitutos
 
 
PARA QUE SERVEM OS ALIMENTOS REGULADORES?


Os alimentos reguladores, como as frutas, os legumes e as verduras, fornecem vitaminas, sais minerais e fibras. E eles agem no organismo ajustando o seu funcionamento.


QUEM FAZ DIÁLISE TAMBÉM PRECISA DE UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA? QUAIS SÃO OS CUIDADOS NECESSÁRIOS?


Como todo mundo, pessoas com doença renal crônica também precisam de uma alimentação equilibrada, mas são necessários alguns cuidados.

O paciente renal crônico, por causa de sua condição clínica, não pode eliminar, pela urina, os excessos de potássio, fósforo, sal, líquidos e ureia. Então, essas e outras substâncias provenientes da alimentação acabam se acumulando no sangue. É nesse momento que o médico e o nutricionista, avaliando exames laboratoriais, determinam se deve haver alguma restrição alimentar.


POTÁSSIO

O que é Potássio?

O potássio é um mineral presente nos alimentos, principalmente em alimentos de origem vegetal como as frutas, legumes, verduras e o feijão.


Para que serve?

Ele é muito importante para o funcionamento dos músculos de todo o corpo, inclusive o músculo cardíaco.


O que o excesso de potássio no sangue pode causar?

Pode provocar complicações no coração e fraqueza muscular


É possível reduzir a quantidade de potássio nos alimentos?

É possível sim. O cozimento em água reduz 60% do potássio das frutas, verduras e legumes. Para tanto, deve-se proceder da seguinte maneira:
- Descasque as frutas ou vegetais;
- Coloque-as em uma panela com bastante água e deixe ferver;
- Escorra a água do cozimento;
- Refogue a gosto.

 
ATENÇÃO:
A carambola, independente do seu conteúdo de potássio, apresenta uma substância tóxica ainda não identificada, que pode causar desde soluços até coma e morte em pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC). Portanto, esse alimento deve ser abolido da alimentação desses pacientes.





FÓSFORO

O que é o Fósforo?

O fósforo é um mineral encontrado principalmente nos alimentos protéicos como carnes, ovos, leite e seus substitutos.


Para que serve?

Juntamente com o cálcio, o fósforo cuida de manter os ossos e os dentes saudáveis.


O que o excesso de fósforo no sangue pode causar?

O excesso deste mineral no sangue pode causar coceiras, dores e fraquezas nos ossos, endurecimento dos vasos sanguíneos, do coração e pulmão. Ele também pode se depositar nas articulações levando a dificuldade dos movimentos.


Quais são os cuidados que devem ser tomados com a alimentação? Existe algum alimento que deve ser restringido?

Além dos alimentos citados anteriormente, também encontramos o fósforo nos alimentos industrializados na forma de conservantes, chamados aditivos de fósforo.
O fósforo aditivado é mais biodisponível. Isso significa que a sua absorção no trato gastrointestinal é maior do que a do fósforo encontrado naturalmente nos alimentos. Por essa razão, os alimentos que contêm esses aditivos devem ser restringidos na alimentação dos doentes renais.

Os alimentos que contêm aditivos de fósforo são os industrializados/processados, que estão praticamente prontos para o consumo. Exemplos: o hambúrguer, os nuggets, os produtos instantâneos, os queijos processados, os embutidos (salsicha, linguiça, mortadela, salame, presunto), as bebidas prontas, as tortas, os bolos prontos, etc.
 

O que são quelantes de fósforo?


Na natureza, o fósforo está presente em muitos alimentos, principalmente nos proteicos (construtores). Por isso, fica impossível eliminar todo o fósforo da dieta. Para ajudar na diminuição do excesso de fósforo, os médicos prescrevem remédios chamados quelantes de fósforo. No estômago e no intestino, esses quelantes grudam-se no fósforo dos alimentos. Assim, o fósforo é eliminado nas fezes, junto com o quelante, sem ir para o sangue.

Os quelantes de fósforo devem ser tomados nas refeições e nos lanches ou, no máximo, até trinta minutos depois. Se ingeridos com o estômago vazio, não vão ter muito efeito.
A dose do quelante varia muito. Depende da quantidade de fósforo na refeição ou no lanche. De maneira geral, refeições maiores precisam de uma dose maior.
O nutricionista e o médico do paciente podem identificar a quantidade de fósforo em suas refeições e assim ajustar a dose.

IMPORTANTE: quando comer fora, o paciente não deve se esquecer de levar o quelante.








SAL E LÍQUIDOS


Por que é tão importante o controle de sal e líquidos na dieta do paciente renal?

O rim é responsável por eliminar o excesso de sódio e líquidos pela urina. Nas pessoas com Insuficiência Renal Crônica, isso só acontece por meio da diálise. O excesso de líquidos causa inchaço, água no pulmão, falta de ar, aumento da pressão arterial e exige mais esforço do coração.

 
O que eu posso fazer para ajudar nesse controle?

É recomendável que você use pouco sal no preparo dos alimentos. Se possível, faça tudo sem sal e adicione 1g de sal no almoço e 1g no jantar. Não use sal light ou diet, porque ambos têm quantidade elevada de potássio.
Uma alternativa é preparar o Sal de Ervas. Ao misturar o sal com as ervas secas, você comerá menos sal sem prejudicar o sabor dos alimentos.




Quais líquidos devem ser controlados na minha dieta?

Devem ser controlados os seguintes líquidos: água, bebidas alcoólicas, café, chá, gelatinas, gelo, leite, refrigerantes, sopas, sorvetes e sucos.


Quanto de líquidos posso ingerir?

De maneira geral, para saber a quantidade de líquido permitida por dia é preciso saber quanto de urina você ainda consegue eliminar diariamente (24h). Sabendo disso, é só somar 500 mL e aí estará a quantidade de líquido permitida por dia.
Não ultrapasse o limite estabelecido! E lembre-se sempre: os alimentos sólidos também têm líquido.
COMO É A QUALIDADE DE VIDA DE QUEM POSSUI A DOENÇA RENAL?
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POR QUE É IMPORTANTE SUA PARTICIPAÇÃO NO TRATAMENTO?


A Doença Renal Crônica causa limitações que agora você terá que enfrentar.
Fazer diálise e ter uma fístula são coisas que interferem no seu dia a dia. Isso vai exigir algumas mudanças e cuidados.

Dependendo do seu estado de saúde, você pode voltar ao trabalho, mas só se isso não exigir muito esforço. É importante, para se sentir bem consigo mesmo, que você trabalhe ou faça algum tipo de atividade. Se o seu médico recomendar, você também pode praticar esportes.

Além disso, é muito importante que você conheça bem seu tratamento. Só assim saberá os riscos da falta de colaboração e de cuidados consigo mesmo. Afinal, você não pode deixar toda a responsabilidade do tratamento para a equipe médica e de enfermagem e nem deve ficar totalmente dependente da família. Seja autossuficiente o quanto for possível. Você é o principal responsável pelo sucesso do tratamento.


COMO EU POSSO COLABORAR COM O MEU TRATAMENTO?


o   Siga rigorosamente as instruções dos médicos, enfermeiros e nutricionistas.

o   Compareça ao tratamento nos horários determinados.

o   Tome as medicações prescritas, inclusive a vacina para a Hepatite B.

o   Cuide do corpo, controlando o peso e a quantidade de líquidos ingeridos.

o   Faça a higiene corporal todos os dias.

o   É importante você continuar trabalhando, mesmo que em casa. Assim, vai se sentir útil e produtivo, e não doente, sozinho ou incapaz.

o   Faça aquilo que você gosta e ocupe seu dia. Desse jeito, não sobra tempo para pensamentos ruins.

o   Não se entregue. Não se isole. Mantenha seus amigos. Você merece ter momentos de alegria.

o   Hoje, você leva uma vida diferente, com restrições e alguns cuidados, mas continua com suas ideias próprias, seus sentimentos e escolhas. Por isso, é capaz de optar e participar do seu tratamento.




COMO MINHA FAMÍLIA PODE PARTICIPAR?



Para que o tratamento funcione, é necessária a colaboração de todas as pessoas que acompanham o paciente renal, principalmente de sua família.

Cabe ao familiar controlar corretamente a prescrição médica tanto no que diz respeito aos medicamentos quanto à dieta que o paciente deverá fazer em casa.

A família não deve super proteger o paciente. Ele também deve se cuidar e ser o maior responsável pelo tratamento.






TENHO MUITA COCEIRA E MINHA COR DE PELE MUDOU DEPOIS QUE DESCOBRI MINHA DOENÇA. O QUE DEVO FAZER?


O prurido (coceira) generalizado é um sinal de doença renal crônica e ocorre na maioria dos pacientes. A pele fica mais seca, por causa da diminuição da função das glândulas sebáceas. Elas produzem menos óleo para a lubrificação da pele.
Outra razão é a desidratação crônica.

A pele pode adquirir uma tonalidade amarelada e apresentar maior pigmentação (manchas escuras) em regiões expostas ao sol. Hematomas passam a ser mais frequentes e a espessura fica reduzida.

Os tratamentos da pele, para pacientes em diálise, podem ser extremamente difíceis. No caso da pele seca, é bom começar com um sabonete hipoalergênico. Banhos muito quentes ou mornos devem ser evitados. Depois de secar o corpo com a toalha, aplique uma boa camada de hidratante, enquanto a pele ainda estiver úmida. Quando a pele seca é controlada, as sensações de coceira geralmente desaparecem, mas, às vezes, só ocorre alívio com o uso de drogas anti-histamínicas.

Na Doença Renal Crônica, os pacientes podem apresentar também metade das unhas esbranquiçadas, por causa do edema crônico (inchaço). Além disso, algumas pessoas têm placas ou nódulos duros nas articulações maiores como cotovelo e joelhos, por causa de depósitos de cálcio na pele.

Os pacientes que recebem transplante de rim usam medicamentos imunossupressores durante períodos longos. Essas medicações podem acarretar muitas complicações relacionadas às doenças de pele, como infecções por vírus (verruga e herpes vírus), bactérias (impetigo) e tumores de pele. Por esse motivo, todo paciente em diálise ou que está à espera de um transplante renal deve usar protetor solar e fazer um autoexame para prevenir infecções e tumores da pele.



EU TENHO DIFICULDADES PARA DORMIR. O QUE PROVOCA ISSO?


Alterações do sono são um problema comum entre pacientes de hemodiálise. Muitos se queixam de insônia, ou seja,  dificuldade em adormecer,  ou sensação de sono não restaurador. Insônia persistente é um forte fator de risco para depressão, mas também pode ser um sintoma precoce de transtornos depressivos.

A falta de sono pode causar graves consequências, tais como cansaço físico, energia diminuída, perda de memória e produtividade, acidentes e problemas conjugais e sociais.

Muitos pacientes com doença renal crônica desenvolvem algum distúrbio do sono algumas semanas antes de iniciarem diálise. Esses problemas são vistos como sintomas de toxicidade urêmica, porque tendem a melhorar com o tratamento adequado de diálise.

Outro causa a ser considerada é o Hiperparatiroidismo Secundário. Altos níveis de Paratormônio (PTH), prurido e dor óssea, sintomas típicos da doença óssea renal, podem provocar distúrbios do sono. Após tratamento bem-sucedido de hiperparatireoidismo há melhoras do problema.

A anemia também pode causar insônia. Ela pode ser corrigida com o uso de Eritropoitina e ferro.

Uma das causas mais comuns de dificuldade para iniciar o sono é também a “Síndrome das Pernas Inquietas”. Durante o repouso, o paciente sente necessidade de movimentar as pernas, que ficam muito agitadas enquanto ele dorme. Seu médico deve ser comunicado para orientar a conduta terapêutica apropriada.



O QUE POSSO FAZER PARA MELHORAR A QUALIDADE DO MEU SONO?


o   Vá para a cama somente quando estiver com sono e não use o quarto para a leitura, ver televisão, celular, comer ou trabalhar. Se você não conseguir dormir depois de quinze a vinte minutos na cama, deve se levantar e ir para outra sala.

o   Evite exposição à luz intensa, como assistir à televisão.

o   Volte para a cama somente quando estiver com sono. O objetivo é restabelecer a conexão psicológica entre a cama e o dormir, em vez do quarto e insônia.

o   Você deve sair da cama na mesma hora todos os dias, independentemente da quantidade de sono durante a noite.


Se as medidas acima mencionadas não levarem à melhora do sono, um especialista deve avaliar a presença de transtornos de ansiedade e depressão. Especialmente em pacientes de hemodiálise, há uma alta prevalência de transtornos depressivos, que não são facilmente detectados. Ansiedade e depressão têm tratamento, o que promove a qualidade do sono.



A DIÁLISE E A DOENÇA RENAL INTERFEREM NA VIDA SEXUAL?


Nos homens:

Doenças crônicas podem afetar a atividade sexual. Em alguns casos, há disfunção erétil ou redução do desejo. A disfunção erétil ou impotência é a incapacidade de se obter ou manter uma ereção satisfatória para relações sexuais. É diferente de outros problemas sexuais como a ejaculação precoce ou a falta de desejo sexual.


Devido à natureza pessoal do problema, muitos homens preferem sofrer em silêncio. Por isso, é difícil calcular o número exato de pacientes que sofrem com o problema. A impotência sexual pode ser causada por problemas como diabetes, hipertensão, a própria doença renal, doença vascular, lesão medular e esclerose múltipla.

Alguns medicamentos para hipertensão arterial, depressão e ansiedade também podem afetar a ereção. Tabagismo e uso intenso de álcool vão criar problemas com relação às ereções ao longo do tempo.

No entanto, a disfunção erétil tem muitas soluções. Estima-se que 95% de todos os pacientes podem ser tratados com sucesso, independentemente da causa do problema.



Nas mulheres:

A diálise traz uma maior incidência de distúrbios do desejo e do orgasmo. A disfunção sexual feminina pode ser causada por problemas físicos, emocionais ou psicológicos. As causas físicas incluem alterações hormonais, anemia, fadiga, alguns medicamentos e doenças crônicas. As emocionais são estresse, baixa autoestima, raiva pela doença, medo e imagem corporal distorcida.

Existem tratamentos disponíveis para cada um desses problemas. É muito importante que o paciente discuta suas preocupações com seu médico para juntos buscarem a melhor solução.



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